Hoje estivemos presentes na inauguração da nova loja da Arca Sport em Juazeiro-BA. O amigo e empresário Rodrigo Rodrigues, proprietário da Arca Sport, nos recebeu de braços abertos e participamos de todos os momentos do evento de inauguração, que contou com clientes e amigos. A nova loja da Arca Sport têm uma estrutura invejável, com espaços destinados aos vários esportes, com artigos esportivos para a pratica da canoagem, acampamento, boxe, vólei, natação, trekking, corrida, ciclismo (MTB e Road) e com roupas para todos os estilos e esportes. A Arca Sport, e por consequência o amigo Rodrigo, vem incentivando o esporte na região do Velo do São Francisco, principalmente MTB, ciclismo, canoagem e corridas de aventura. A Arca Sport está esperando uma visita sua. Para mais informações há um perfil no Facebook da Arca Sport (https://www.facebook.com/pages/Arca-Sport/1405338126406277) e do Rodrigo (https://www.facebook.com/ArcaSport?fref=ts). Visitem.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
Quem é Brou Bruto Drews?
Uma das figuras mais emblemáticas,
carismáticas e queridas do MTB brasileiro, que tem por nome Thiago Drews Elias,
mas que é mais conhecido por ‘Brou Bruto Drews’, é um atleta (recentemente
patrocinado pela Cannondale e Kailash), empresário (possui uma farmácia e uma
academia de musculação, a Brou Fitness), professor de educação física e como
ele mesmo diz “brutologista” na empresa Brou Aventuras. Esse ‘bruto’ tem
acumulado enumeras vitorias no MTB e em corridas de aventura no brasil e no
mundo, sempre usando os bordões e lemas que o tornaram famoso, como por
exemplo: “quer ser feio? Então, vai treinar que tá todo mundo treinando”, “NQSF
(ninguém quer ser feio)”, “sem fingimento”, “para de fingir e vai treinar, que
tá todo mundo treinando”, “tem isso sim!” e o famoso “brutudemais”. Entretanto,
o que esse cara mais faz é incentivar e motivar ciclistas de fim de semana,
atletas amadores e toda a sorte de amantes do ciclismo a irem em frente, buscando
a superação a cada dia, almejando alcançar feitos que vão do mais ínfimo até o
mais extravagante, como é ilustrado em uma frase que ele usa de tempos em
tempos: “tem um sonho? Então vai atrás dele que ele vem atrás de você.” O Thiago
Drews Elias nasceu em 18 de janeiro de 1978 na cidade de Belo Horizonte (MG),
estudou no Colégio Anchieta, fez educação superior na UNI-BH, formando-se em
Educação Física, abriu a sua empresa, a Brou Fitness, reside em BH e divide seu
tempo entre dar aulas na academia, atuar na sua farmácia e treinar na “brutalidade
máxima e delirante” e “sem fingimento” todos os dias. Começou a pedalar por incentivo
do pai, ainda nos tempos de criança, mas somente há 6 anos é que levou a coisa
mais a sério se tornando um dos atletas mais brutos do Brasil. Só para vocês terem
uma vaga ideia, neste ano, na edição do Brasil Ride 24 h, uma prova onde os
atletas têm 24 h para pedalar, vencendo quem consegue cobrir a maior distância
no tempo determinado, ele foi o único atleta, de sua categoria, que não parou
para descansar em nenhum momento. Eu conheci (não pessoalmente) essa figura
logo quando reiniciei a pratica do MTB e de cara a minha primeira impressão
foi: “esse aí é puro de coração”. Cansei de ver (apenas uma expressão, pois não
me canso) posts, vídeos e notícias que mostram esse bruto doando bikes, equipamentos,
presentes, roupas, pagando inscrições de atletas da Brou Aventuras para
participarem de competições, treinando e incentivando vários atletas carentes,
ou menos afortunados, tudo “nu pelo”, como ele diz, fazendo toda sorte de boas
ações e conquistando cada vez mais seguidores nas redes sociais. Há posts dele,
ou vídeos, com mais de 10.000 acessos, isso em poucos dias, muitos vídeos e
posts de outras pessoas que o mencionam, imitam, agradecem, comentam, enfim, o
cara tá em todas. Não preciso dizer que o admiro muito, pois ele representa
muito do que é o MTB para mim, de como é duro esse esporte, mas de quanto nós
gostamos desse sofrimento, de como a superação pessoal representa a vitória nossa
de cada dia. Poderia escrever muito sobre ele, mas prefiro que quem não o
conhece tire suas próprias conclusões. Abaixo, um dos primeiros vídeos que
assisti dele e que diz muito sobre quem ele é. Quem quiser segui-lo, o endereço
no Facebook é https://www.facebook.com/BrouBruto
e o canal do YouTube é https://www.youtube.com/channel/UCqDc_Hlsr0RQPaR4sP4EGZw
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Retrospectiva: a Trilha da Lua Cheia
Há pouco mais de um ano, eu participei de um pedal
noturno, que foi chamado de Trilha da Lua Cheia. Eu havia voltado a pedalar,
ainda com pouca regularidade, há uns 4 meses e estava despreparado para esse
desafio, pois fazíamos pedais de 30-40 km de distância e esse seria um pouco
mais longo. Além desse Blog, que é algo novo, eu mantenho uma espécie de
Ciclodiário no meu computador, que venho alimentando com minhas “aventuras” há
algum tempo, na verdade desde que voltei a pedalar, e é dele que retirei o material
para este post. Mantive a escrita no seu formato original, de um diário. Então,
vamos lá...
“16/01/2014
Após pensar bem, associado ao fato de que ninguém vai
pedalar hoje, decidi ficar em casa assistindo TV. Estou aguardando uma viva
alma que queira ir comigo na Trilha da Lua Cheia, mas até agora nenhum
conhecido meu topou. Me questiono se vale apena ir sozinho, ou se eu sou capaz
de aguentar o trajeto. Vamos esperar. Mas de toda forma, fiz minha inscrição.
Comprei a sapatilha SPD da Shimano e um pedalclip. Testei e acho que vai dar
para não cair, mas acho que escolhi o momento errado para experimentar: numa
trilha, à noite, de 75 km, no barro, com areia frouxa, buracos, cheio de gente
se acotovelando....kkkkk...eu devo ser maluco mesmo.
17/01/2014
Pensei em dar uma pedalada hoje, sexta-feira, para
compensar ontem, dia em que eu não fui, mas como amanhã é o “grande dia”,
resolvi descansar e poupar energia. Recebi minha última negativa dos
companheiros que convidei para ir amanhã na Trilha da Lua Cheia, mas decidi ir
de toda forma. Só saberei se posso se tentar. Vamos lá então.
18/01/2014: Dia da Trilha da Lua Cheia
14:30: cheguei agora em casa, vindo de uma pescaria com
uns amigos e vou ver se descaso um pouco. Comprei uma Coca-Cola, um Burn e sorvete.
Agora é só comida leve e hidratação.
16:45: levantei e comecei a baixar músicas (as mais
tocadas em 2013...nem sei quais são...nunca escutei) para compor uma trilha
sonora da pedalada de logo mais. Pensei: ‘vou sozinho, não conheço ninguém por
lá, não conheço o percurso, então pela lógica, tudo será uma surpresa,
inclusive as músicas executadas’. Acho que assim eu me centro no que estou
fazendo e não nas músicas, já que nunca às ouvi antes, sem gerar distração ou
expectativas. Sei que não é tão correto pedalar escutando música, com fones de
ouvido, mas sempre gostei e às músicas têm um poder de estimular, de motivar, e
isso eu vou precisar. Só uma música fiz questão de pôr no meio da seleção, uma
que escutei em um canal do YouTube (Praquempedala): “Song way”. Essa aguardarei
com expectativa. No vídeo do Henrique, do Praquempedala, essa música é que o
embala na pedalada sofrida que ele fez certa vez e talvez funcione para mim
também.
17:30: liguei para minha amada esposa para informar
que eu vou pro pedal. Falei um pouco com ela sobre o projeto e me senti mais
leve ao desligar o telefone. Daqui a pouco, umas 18:10, vou me aprontar. Agora
é só dar a hora de sair.
18:10: vesti minhas roupas, peguei a mochila de
hidratação, organizei as tralhas e tomei uma Coca-Cola e um Burn. Vamos lá.
18:30: pronto e a caminho.
19:00: estou na orla de Juazeiro-BA, esperando a hora
da saída. Tem muita gente. Acho que mais de 100 pessoas. Estou sentindo um frio
na barriga. Espero não me borrar todo. Encontrei Henrique e Felipe. Eles estão
aqui, mas só para ver a partida. Henrique me deu umas dicas de última hora. Vou
me concentrar em segui-las. Continuo achando que o pedalclip não foi uma boa
ideia para hoje, mas já estou aqui e já está sem jeito. Observação: parece que
estou digitando a medida que as coisas acontecem, mas obviamente não, vou
narrar de forma mais livre a partir de agora.
Seguimos pelas ruas de Juazeiro, um pelotão enorme,
passando nos semáforos, sem respeitar sinal vermelho, chamando a atenção de
quem estava nas calçadas. Tensão muito grande, pois há muitos carros e motos,
mas estou no meio do pelotão para buscar proteção. A medida que nos afastamos
da cidade o trânsito diminui e fico mais confiante de clipar ambos pés. Às
vezes é fácil de clipar e difícil de desclipar e as vezes é fácil de desclipar
e difícil de cliplar. Uma hora eu aprendo. Agora o pelotão começa a se
dispersar (a se quebrar, como é gíria dos ciclistas) e eu tento me manter no
miolo, mas com a minha forma física e performance é difícil. Chegamos na
entrada da estrada que leva a uma trilha carrancuda que vai dar na Agrovale,
uma fazenda de produção de cana-de-açucar. É hora de um "briefing". Note
que quando um ‘caboclo’ como eu, que tá começando, com medo e sozinho, escuta o
que eu escutei: "É isso aí pessoal. Nós todos estamos aqui por que
gostamos de aventura, porque aceitamos o desafio, ninguém veio forçado...então
vamos optar pela trilha mais difícil, mais técnica. Vão ser uns 10 km de
ladeiras, areia, cascalho, lama...tem buracos na pista...tomem muito cuidado,
que é perigoso...tem lugar que tem que descer da bike se não cai..."; é
para desistir e voltar. Pensei: “vou voltar”; mas tem um porém...já foram 20 km
e aí voltar daqui, além de vergonhoso, é foda. Vamos lá então. Confesso que se
tivesse visto no rosto de alguém a mesma expressão de medo que estava no meu
rosto eu tinha dito: “Ei camarada, vamos voltar?!”. Realmente não estavam
mentindo: foi foda! A trilha tinha vários trechos de ‘single-track’ e muito
terreno acidentado. Fiquei na rabeta, onde era o meu lugar. Os meus pneus não
ajudaram, pois como são mais lisos no centro, a tração ficou comprometida, bem
como a estabilidade. Fiquei lá atrás, mas pelo menos não cai. De tanto em tanto
tempo, um obstáculo obrigava o pelotão do fundo se fundir com os
intermediários, de tal forma que vira e mexe eu estava com o pessoal novamente
e isso foi bom. A minha companhia mais constante era a de um batedor de moto,
que ficava atrás de todos para garantir que não havia ficado ninguém para trás,
pelo mesmo mais para trás que eu. Findado esses 10 km, todos estavam reunidos
novamente. O pessoal da organização e o pelotão de frente esperaram todos
chegarem. Um breve ‘pitstop’ para uma barra de doce de goiaba, que havia levado
(na época nem sabia do que raios era CarbUp), e uns goles de água e voltamos a
pedalar. Agora já estava mais confiante e ainda estava muito motivado, mas
faltavam ainda uns 10 km para chegar a sede da Agrovale. Ao chegarmos lá, na
sede da Agrovale, encontramos uma mesa com frutas e muita água mineral. Comi
melancia e bebi bastante água. Fiz uns alongamentos e me preparei para mais um
trecho. Agora seria uma volta na plantação de cana de açúcar, mais uns 10-12 km
ao redor do perímetro, que nos traria de volta ao mesmo ponto de apoio. Eu me
toquei já havia passado da metade e ainda tinha pernas, então resolvi me soltar
e manter uma cadência que me permitisse rodar a perna sem esforço, mas ao mesmo
tempo num bom ritmo. Já não desclipava dos pedais com muita regularidade e
estava mais confiante. O que mais me surpreendia até aqui era não ter caído
ainda. Neste último trecho, para minha surpresa, mantive uma boa média (no
estradão) e me mantive no pelotão intermediário. Findada esta etapa, mais água
e alongamentos para o retorno. Alguém me disse que agora eram mais 25 km, só de
asfalto. Pronto! Meus problemas estavam acabando, só tinha que administrar o
esforço das pernas para chegar ao fim. Que venha o asfalto. E ele veio, e para
minha surpresa, minha cadência me permitiu ir no miolo do pelotão intermediário
e melhor, a cada km que passava eu ultrapassava um e outro, e chegando em
Juazeiro, percebi que só tinha eu e uns 15 outros ciclistas na frente. Eu havia
chegado apenas 5 min depois do pelotão de frente. Não poderia ser melhor: eu
havia conseguido completar a trilha e, ainda mais, muito bem (pelo menos para
os meus parâmetros). Descansei um pouco, me despedi do pessoal e fui em rumo a
ponte, pois eu ainda tinha que voltar para casa. Estava super feliz, mas
exausto.
02:00: Cheguei em casa morto de cansado, mas com um
sorriso enorme no rosto, sobretudo quando eu vi a quilometragem final: 81,8 km,
meu recorde pessoal. Me despi, tomei um banho no chuveiro do jardim mesmo,
entrei em casa, preparei uma gororoba e comi feito um bicho. Me deitei ainda
pensando no meu feito. Foi muito emocionante. Eu me emocionei mesmo! Descobri
que posso ir além do que imaginava e agora eu quero ir além mesmo. Abraço e até
a próxima.”
sábado, 25 de abril de 2015
O caminho do pódio, um guia para chegar lá
Aqui estão duas boas matéria, escritas pelo Marcos Adami, publicadas na Bikemagazine.
Dá algumas dicas para quem está iniciando no mundo das competições. Vale a pena ler Click nos links para acessar a matéria correspondente.
Dá algumas dicas para quem está iniciando no mundo das competições. Vale a pena ler Click nos links para acessar a matéria correspondente.
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Havia uma vespa no meio do caminho
Quando saímos para
pedalar, dia após dia e todos os dias, todos os ciclistas assumem um certo
risco. Todos nós saímos de casa, em nossas bikes, com uma certeza: todos vamos
cair! Em vista à essa certeza, o que resta ao ciclista é saber quando vai
cair e torcer para que a queda seja o mais leve possível, para que não nos
arrebentemos e, se isso ocorrer (nos arrebentarmos), que nos recuperemos o mais
rápido possível, para continuar a pedalar. Vou classificar (por pura putaria e
só de sacanagem) os acidentes em que os ciclistas se envolvem em três grandes
categorias, sendo elas: (1) Imperícia/imprudência própria; (2) ‘Desastres
naturais’; e (3) Por envolvimento de terceiros. Vou explicar cada um deles. O
ciclista pode sofrer um acidente, e cair, por que ele se distraiu, errou um
“bonny hop” (ou qualquer outra manobra), perdeu o equilíbrio sozinho, abusou da
sorte e da habilidade, fez algo impensado e estúpido, ou fez qualquer lambança,
típicas (na maior parte) de iniciantes, e foi ao chão em razão da sua
imperícia/imprudência. O ciclista pode sofrer um acidente, e cair, por sucumbir
a um obstáculo como um buraco, uma pedra solta, um pouco de terra no asfalto,
água em poças fundas, terreno escorregadio, areia frouxa, galhos ou qualquer
coisa pelo seu caminho, qualquer coisa que se apresente de supetão ou de surpresa
(não depende dele) e, mesmo com toda a sua perícia, ele não consegue escapar (e
aí é ... chão!). Esses são os desastres naturais. E por último, o ciclista pode
sofrer um acidente, e cair, por intervenção de terceiros, quando esses
terceiros são carros e motos (motoristas) que os fecham, que abrem as portas,
que os atropelam, que os jogam para fora da pista, por outro ciclista fazendo
toda a sorte de lambanças, imprudências (ou correlatos) ou um ciclista que foi
vitima e um ‘desastre natural’ ou de um outro “terceiro”, que ao cair o leva
junto com ele. Como podem perceber, as categorias não são mutualmente
exclusivas, na verdade o mais fácil de ocorrer é um acidente ser provocado por
um conjunto de pelo menos duas delas, e vira e mexe temos uma convergência das
três classes provocando acidentes. Pois bem, hoje estava pedalando no asfalto,
a uma boa velocidade, focado no exercício, quando eis que surge uma vespa no
meu caminho. A desavisada vespa veio de encontro ao meu rosto e, se chocando
com o mesmo, deferiu uma picada medonha, mesmo no meio da minha testa. A
expressão em inglês que descreve a mira da vespa é “in bull’s eyes” e foi assim
que foi: no meio dos olhos. A dor se fez instantaneamente e, se não bastasse, a
maldita vespa ficou presa pelo seu ferrão, que se incrustou em minha testa.
Larguei uma das mãos do guidão da bike para tentar retirar a vespa de meu
rosto, neste momento me desequilibrei e, por puro instinto e reflexo, freei a
bike, apenas o suficiente para amenizar a queda, que a essa altura já era
inevitável. Ainda deu tempo para pensar, numa fração de segundo: “pronto, que
venha o chão!” E ele veio, em seus tons de cinza, marrom e verde. Para minha
sorte, cai em um arbusto esquisitamente fofinho que amorteceu a minha queda,
mas foram os óculos pra um lado, a bomba para o outro, a bike ficou pra trás, a
caramanhola foi rolando lá pra frente, mas a porra da vespa insistiu em
continuar encravada em minha testa. Na sequência, o que fiz foi: tirei a vespa
de mim, olhei rapidamente para trás (para a bike), olhei rapidamente para meu
corpo (pernas e braços), ri de mim mesmo, tirei uma foto do rosto (para ver o
estrago), ri novamente com a imagem (pensei essa vai pro Blog), apanhei a
caramanhola, joguei água gelada no rosto e comecei a juntar as coisas. Abro um
parêntese aqui para falar de algo que é normal e comum para todo ciclista,
quando caímos a primeira reação é olhar para a bike, ver como ela está, só
depois olhamos para o nosso corpo, para checar os estragos provocados pela
queda, e comumente sentimos mais pena dos arranhões sofridos por ela do que pelos
estão em nosso corpo. Voltando a narrativa, acho que posso classificar o evento
de hoje como um ‘desastre natural’. Certa vez, um animal já chegou a me
derrubar, foi um cachorro, que se meteu na frente da bike (de supetão) e me
levou ao chão, mas essa foi a primeira vez que um bicho alado me derruba da
bike. Fico pensando em qual será o próximo, será um urubu, uma gaivota (se for
próximo ao litoral), um morcego (se for um pedal noturno), esse último eu acho
improvável, mas sabe-se lá. Ficarei na expectativa em saber qual será o motivo
da próxima queda, mas como eu disse, que ela seja o mais suave possível e nos
arrebente (eu e a bike) o mínimo que for permitido. O curioso é que sempre os
pontos de contato do meu corpo com o chão, nessas minhas quedas animalescas,
podem ser descritos pela letra de uma canção infantil que meu filho sempre
escuta: “Cabeça, ombro joelho e pé”. Até mais. Ah, logo abaixo duas fotos: a da
agressora e da vítima.
terça-feira, 21 de abril de 2015
A madrugada é o início do dia para o ciclista
Uma das coisas mais comuns para o ciclista é acordar ainda no escuro da madrugada para se preparar e sair para o pedal. Cada um tem o seu ritual pessoal, mas algumas coisas são comuns. Eu, por exemplo, como não tenho que me deslocar muito para iniciar o pedal, acordo (nos fins de semana) às 5:00, ou antes disso quando estou ansioso, e inicio o meu ritual fazendo um higiene pessoal básica. Após isso, visto a bermuda, meias, sapatilhas, cinta do frequencimetro, camiseta, ponho os óculos, o capacete, calço as luvas e pego as tralhas (bolsa de selim, câmara de ar extra, ferramentas, remendos, bomba de ar, etc). Chegando à cozinha, preparo um 'shake' de maltodextrina (tomo-o), preparo um café expresso (pra dentro também), tomo meus medicamentos diários, pego uma barra de cereal, um gel (Carbup ou similares), abasteço a bolsa de água e vou para a garagem. Lá na garagem, as minhas princesas estão me esperando, são elas: Naomi, Rebeca e Scarlett (as minhas bikes tem nomes próprios). A depender do percurso escolho uma delas, já que cada uma delas tem um proposito, sendo que uma delas é uma bike urbana (antes era a única e agora quase nunca a uso), outra de estrada (Rebeca) e uma MTB (Scarlett). Mas tem uma coisa mágica em acordar de madrugada, uma coisa que sempre me enche de alegria: ver o sol nascer! Quando isso acontece, ver o sol nascer, é como se o dia fosse maior e mais belo. A sensação do frio da brisa no rosto perdendo terreno para o tênue calor dos primeiros raios de sol é descritível, mas é melhor sentir que pôr em palavras. Enfim, é muito bom e se você faz tempo que não experimenta...experimente!
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Medo do drop
Há pouco mais de um mês, me
tornei o feliz proprietário de uma Merida Reacto 400, uma “road bike”
(bicicleta de estrada), e desde então ela é minha fiel companheira, da terça-feira
a sexta-feira, nos pedais da semana. Pedalo entre 1,0-1,5 horas por dia,
obedecendo uma sistemática de treino que me permite usar até 70% de minha frequência
cardiorrespiratória máxima (isso significa estar em 60-70% da FCmax, chamada de
Zona 2). Bom, obviamente para treinar assim é necessário usar um ciclocomputador
com um frequencimetro, no meu caso um Garmin Edge 1000, e neste caso você
começa a se familiarizar com sua frequência cardíaca (FC) nos vários momentos
do exercício. Não se aborreça ainda com a narrativa técnica, não vou anunciar o
produto nem a sistemática de treino, mas preciso apresentar essas informações
para o que tenho a narrar a seguir. Pois bem, uma coisa que é interessante de
se falar é de como um ciclista que só pedalava de MTB se sente quando
experimenta uma “road bike”, ou “speed” como é mais popularmente conhecida. Tudo
é esquisito no início, você estranha a leveza da bike, como ela é susceptível
ao vento lateral, como os pneus extremamente cheios (100-120 psi) torna bike ‘dura’,
como a falta de suspensão transfere cada impacto gerado das imperfeições e ondulações
do asfalto para o seu corpo, da velocidade que se consegue chegar e
principalmente da posição em que se pedala. Há três pontos, no guidão e adjacências,
onde as suas mãos podem segurar e cada um desses pontos muda a forma de se
posicionar sobre a road bike. Pode-se segurar na barra do guidão, que é a
posição mais relaxada do ciclista, onde o mesmo está com seu tronco o mais
ereto possível, sendo essa a posição menos aerodinâmica possível e a que mais
se parece com a posição do MTB. Pode-se segurar na alavanca do passador de
marchas/freio (do inglês “shifter/brake levers”), que é a posição mais comum, a
em que o ciclista permanece por mais tempo em cima de uma speed e a que obriga-o
a se reclinar para frente de forma a aumentar a aerodinâmica e reduzir o
arrasto aerodinâmico gerado pelo vento frontal. E por fim, pode-se segurar nos “drops”,
que é aquela parte curvada, em forma de gota, da extremidade do guidão das
speeds. Usando os drops o ciclista fica em sua forma mais aerodinâmica sobre a
bike, com menor área de contato com o vento frontal, e fica bastante reclinado
sobre a bike, quase como se estivesse deitado sobre a mesma. Durante esse
tempo, que tenho rodado de speed, poucas vezes cheguei a tocar nos drops e menos
ainda segurei-os de pé na bike, que é essencial para fazer mais força e ganhar velocidade.
Percebi que cada vez que eu desço as mãos da manopla de mudança para os drops a
minha FC aumenta de 10-15 bpm (batimentos por minuto) do nada, denotando que,
provavelmente, ainda não tenho confiança em fazer o uso deles e o pior: tenho
medo de fazê-lo. Sei que isso deve ser motivo de risos para os ciclistas mais experientes
(eu, pelo menos, morro de rir comigo mesmo toda vez que acontece), mas não
posso enganar o meu coração. Cada vez que tento a minha FC aumenta, fico muito
tenso, e provavelmente vai ser assim até eu me acostumar com a posição, com a
ideia de ver o chão tão de perto como quando se está nos drops. Como estou
treinando sozinho, devido aos meus horários, não posso contar com os conselhos
e dicas de ciclistas de estrada mais experientes e assim conto apenas com
minhas impressões. Como para mim tudo é novo, sobretudo de road bike, as minhas
impressões são tudo o que tenho e é aquilo que compartilho aqui. Até mais.
domingo, 19 de abril de 2015
O nascimento da bicicleta
Vídeo muito bom sobre a história da bicicleta e de como ela, a bike, mudou com o tempo.
“Cuidado carbono: os quadros de alumínio estão retornando?”
Para os aficionados em carbono, eis uma boa matéria que põe
em cheque, ou pelo menos em dúvida, essa suposta superioridade dos quadros de
carbono em relação aos de alumínio. A matéria foi publicada pela renomada revista
Cycling Weekly.
Segundo a matéria “as ligas podem representar o renascimento de
bicicletas de alumínio depois dele ser empurrado para fora do centro das atenções
pela fibra de carbono”.
O fato é baseado em algumas quebras do paradigma atual. Por exemplo,
“se dermos uma olhada na lista de bicicletas de estrada top de linha, de vários
fabricantes, você notará uma esquisitice: a Specialized S-Works Allez, por
exemplo, é uma máquina que vem equipada com uma lista de componentes de
especificações de dar água na boca, que inclui um grupo Shimano Dura Ace Di2 e
rodas de carbono Roval Rapide e custa R$ 34 mil. Até agora tudo certo, mas há
um detalhe: o quadro não é feito em fibra de carbono e sim em alumínio”, e outros
fabricantes como a Cannondale e a Canyon també têm road bikes top de linha em alumínio.
O apelo para o uso de fibra de carbono na fabricação de
quadros para bikes reside no fato que ele permite um quadro leve e, se
construído com cuidado, a bike pode ser lateralmente rígida e verticalmente complacente.
Aqui vale uma explicação. A rigidez dita no artigo se refere a capacidade de
resistir melhor às torções laterais, o que torna a bike mais estável em curvas.
Já o que é chamado de complacência vertical é a capacidade do quadro de
absorver os impactos verticais gerados pela passagem da bike sobre obstáculos e
pequenas deformidades no asfalto, o que é excelente para uma road bike, já que
ela não dispõe de amortecedores para tanto (pelo menos a maioria), o que gera um
maior conforto para o ciclista. Essa segunda característica é inerente a
capacidade de flexibilidade gerada pela fibra de carbono. Outra coisa é que os
quadros em fibra de carbono não têm soldas em suas junções e por isso dão ao
quadro uma suavidade nas linhas, como se o quadro fosse uma peça só, o que é
muito vistoso e bonito.
Mas o que aconteceu na última década que pode mudar um pouco
esse cenário? A tecnologia atual permite moldar, formar e montar quadros de alumínio
de uma forma jamais vista. Hoje os quadros em alumínio, em suas junções, são
tão lisos e suaves como os de carbono. Outro ponto é o peso. Há ligas de alumínio
que podem serem usadas na manufatura de quadros tão leves quanto os de carbono,
como alguns que alcançaram a marca magica de apenas 1 kg. Como as ligas de alumínio
não possuem muita elasticidade à deformação, os quadros feitos com essas ligas são
rígidos à torção. Por fim, o preço. A liga de alumínio é muito mais barata e fácil
se ser manipulada que a fibra de carbono. O único ponto contra os quadros de alumínio,
se acompanhou a narrativa até aqui, seria a falta de complacência vertical. Mas
para resolver esse problema, muitos fabricantes têm usado garfos, guidões e
canotes de selim de fibra de carbono para absorver os impactos verticais, bem
como têm equipado as suas bikes de alumínio com rodas em fibra de carbono com
pneus mais largos e altos (25 mm em vez de 23 mm). Uma vantagem do quadro construído
em alumínio é que ele resiste a impactos diretos que poderiam fraturar, ou
quebrar, os de fibra de carbono, e dessa forma, caso haja necessidade de
concerto da estrutura, é mais simples e fácil consertar o alumínio que o
carbono. Além disso, a maioria dos quadros de carbono só suportam um peso, ou
pelo menos é uma indicação de sus fabricantes, de até 90 kg enquanto os de alumínio
podem até 120 kg. Talvez por isso os quadros de alumínio ainda tenham os seus
dias de gloria de volta, como quando eles substituíram os de cromo-molibdênio das
décadas de 70-80. A matéria original pode ser acessada neste link
sábado, 18 de abril de 2015
Testando a câmera lenta do Sony Z3
Testando a funcionalidade da câmera lenta do celular Sony Xperia Z3 Dual. O Z3 grava em 120 fps, sendo possível escolher trechos para "toca-los" em 24 fps. O Z3 também é capaz de gravar vídeos em 4k, o que é um formato de resolução 4x superior ao Full HD. Bem legal esse celular. Depois quero fazer uns vídeos melhores com essa função.
Teste de vídeopost: pedalando por aí.
Eis uma compilação de fotos de alguns pedais da turma em 2014.
Pedal macio
Sabe aquele dia em que você pedala em uma cadência confortável, sem muito esforço, respirando compassadamente, com uma boa velocidade e fica parecendo que você está deslizando no asfalto? Bom, esse dia foi ontem! É uma sensação boa e poderosa, como se os quilômetros fossem se "entregando" à você. Que essa sensação se repita, pelo menos mais algumas vezes, até que eu passe para o próximo estágio do treinamento, onde só posso esperar por muito sofrimento. Amanhã é dia de trocar de campo, saio do asfalto e vou para a terra, pois o fim de semana é de MTB. Até.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Dia mundial do ciclista
Bom, hoje comemoramos o dia do ciclista em todo o mundo. Pode-se ler e ver nas várias mídias sociais homenagens de todos os tipos e para todos os gostos. Assim, fica aqui registrada a minha singela homenagem aos meus colegas e amigos, que pedalam, pelo seu Dia. Neste dia do ciclista, que comemoro pela segunda vez na minha vida e pela primeira vez me sentindo um de verdade, eu celebrei pedalando. E você?
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Apresentação
Olá galera. Meu nome é Luciano Ribeiro, um
neófito no ciclismo com 38 anos de idade, que só recentemente
(re-)descobriu o prazer de pedalar. Comecei a pedalar há uns 18 meses e de lá
para cá minha vida mudou muito devido a esse
esporte incrível que é o ciclismo. Iniciei as pedaladas com mais de
90 kg, um IMC (Índice de Massa Corpórea) superior a 30 kg/m², um
percentual de gordura no corpo superior a 25%, uma pança de mais de 110 cm
de circunferência, absolutamente sedentário e hipertenso. Hoje
começo a colher os frutos de minhas pedaladas e, definitivamente, estou
apaixonado pelo esporte. Estou, atualmente, com 75 kg, IMC de 25 kg/m², menos
de 12% de gordura corporal, 85 cm de circunferência abdominal, pedalo
5-6 dias por semana e minha pressão arterial média é de 105 x 65 mmHg (popular
10 por 6). Me sinto mais vivo que nunca. Para que essa apresentação na primeira
postagem do blog? Vai dizer "pergunte-me como"? Nada disso! O
objetivo aqui é ressaltar o que a bike fez pela minha vida e como ela, ou
qualquer outro meio ou esporte, pode mudar a sua vida também. Outro ponto é
"qual é o objetivo desse blog?" e vou logo dizendo: não sei! A ideia
surgiu de minha esposa. "Por que você não escreve um blog?", disse
ela. Pensei, e ainda estou pensado, no que eu posso oferecer em um blog, o que
escreveria, de que servirá para os outros e coisas do gênero. Mas, aqui
estamos. Esse aqui é um blog despretensioso. Não quero, não acho que
deva e não vou ensinar nada, doutrinar ou convencer a você a nada, até
porque não sei praticamente nada sobre ciclismo que me habilite a tanto. Eu
quero apenas compartilhar com vocês às minhas impressões e experiências, como
um menino descobrindo algo novo. Para você, que se identificou com a ideia e
também iniciou agora suas pedaladas, talvez seja interessante, mas isso já
seria algo pretensioso. O nome do blog é o mesmo de um grupo de ciclismo que fundei aqui na minha cidade, mas é algo que discutirei mais além. Nos veremos por aqui! Até.
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