terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Primeiro pedal do ano com direito a queda e tudo

HA! A primeira pedalada do ano com direito a queda e tudo. O ano começa em grande estilo para mim. Fui fazer o meu primeiro pedal do ano, aqui em Paulista-PB, na trilha de sempre, mas dessa vez iria parar no sítio de meu sogro e encontra-lo e junto com o meu filho. A primeira metade do pedal eu imprimi um ritmo mais rápido que usual e pensei: "ei, posso conseguir minha melhor média neste trecho, basta me esforçar um pouco”. Assim o fiz. Na volta, parei no sítio, como havia planejado, e logo na entrada, na primeira cancela, bati o joelho forte no mourão. Uuuiii, doeu! Bom, fui ao encontro do meu filho e aproveitei sua companhia para fazer um ajuste no taquinho direito da sapatilha. Abre parênteses. Notei que meu joelho direito estava mais distante do quadro que o direito e que não fazia o movimento de sobe-e-desce tão paralelo ao quadro quanto o esquerdo. Então pensei que se eu afastasse o traquino mais para fora da sapatilha poderia corrigir esse problema cinético. Assim o fiz. Fecha parênteses. Era hora de voltar. Saí na frente da pickup de meu sogro e logo percebi que ele não iria me ultrapassar, pois ele queria que meu filho visse o pai dele pedalando. O que um pai ciclista faz quando está pedalando e seu filho o observa? A resposta é: se exibe! E assim o fiz. Botei "sebo nas canelas”, comecei a “mastigar” os pedais e logo estava voando baixo e pensando “nossa, meu filho deve estar se divertindo vendo o pai pedalar deste jeito e meu sogro deve estar impressionado com a minha velocidade”. Esse pensamento me animou e motivou a ir além e assim fui. Lá pra tantas, estava a uns 35 km/h e logo ali estava uma descidinha…"vamos com tudo”! Devia estar a uns 45 km/h quando percebi a merda que tinha feito. Entrei por fora numa curva em que deveria ter entrado por dentro. Devido a força centrifuga, comecei a sair de frente e no meio da agonia fui tentando trazer o pneu dianteiro de volta pro traçado, mas puxei demais e fui para o centro da estrada, onde tinha um banco de areia, e aí não deu outra: queda!  "Zig-zag-ei" prum lado e pro outro e desacelerei apenas o suficiente para garantir uma queda menos grave, mas não menos espetacular. Estou me tornando um ninja nas quedas, veja só: depois de ter a certeza de que tinha perdido completamente o controle da bike e que a queda era inevitável, soltei as manoplas, baixei a cabeça e a pus junto ao ombro direito, projetei meu corpo para frente e um pouco para o lado direito e me larguei ao chão. Aí foi um show a parte: dei um duplo carpado , na sequencia uma “bunda-canaça", depois uma rolagem e um salto, para só depois disso tudo aterrissar de pé. Quase fiz aquela reverencia ao público que os ginastas olímpicos fazem no fim de suas apresentações. Se houvesse juri, provavelmente teria recebido um 10, outro 10 e um 9,5 (de um juiz mais sério e rígido). Me senti o Diego Hipólito. Uma fração de segundo depois fiz aquilo que é de costume: olhei, primeiramente (fora Temer), para a bike, para ver se tudo estava bem com ela, e só depois me olhei, em busca dos machucados. Surpreendentemente, tive só um ralãozinho na canela esquerda, mas senti muito os pulsos (principalmente o direito, que amorteceu a maior parte da queda), o tornozelo esquerdo e o joelho direito. Isso é tudo pessoal! Sem machucados sérios, mas vai doer e inchar um pouco depois. Depois do susto, eu, meu sogro e meu filho rimos muito do ocorrido. Voltei pedalando para casa com a certeza que, mesmo caindo, amo este esporte e não quero parar de pratica-lo. Até outra.

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