quinta-feira, 30 de abril de 2015

Nova loja da Arca Sport

Hoje estivemos presentes na inauguração da nova loja da Arca Sport em Juazeiro-BA. O amigo e empresário Rodrigo Rodrigues, proprietário da Arca Sport, nos recebeu de braços abertos e participamos de todos os momentos do evento de inauguração, que contou com clientes e amigos. A nova loja da Arca Sport têm uma estrutura invejável, com espaços destinados aos vários esportes, com artigos esportivos para a pratica da canoagem, acampamento, boxe, vólei, natação, trekking, corrida, ciclismo (MTB e Road) e com roupas para todos os estilos e esportes. A Arca Sport, e por consequência o amigo Rodrigo, vem incentivando o esporte na região do Velo do São Francisco, principalmente MTB, ciclismo, canoagem e corridas de aventura. A Arca Sport está esperando uma visita sua. Para mais informações há um perfil no Facebook da Arca Sport (https://www.facebook.com/pages/Arca-Sport/1405338126406277) e do Rodrigo (https://www.facebook.com/ArcaSport?fref=ts). Visitem.













terça-feira, 28 de abril de 2015

Quem é Brou Bruto Drews?


Uma das figuras mais emblemáticas, carismáticas e queridas do MTB brasileiro, que tem por nome Thiago Drews Elias, mas que é mais conhecido por ‘Brou Bruto Drews’, é um atleta (recentemente patrocinado pela Cannondale e Kailash), empresário (possui uma farmácia e uma academia de musculação, a Brou Fitness), professor de educação física e como ele mesmo diz “brutologista” na empresa Brou Aventuras. Esse ‘bruto’ tem acumulado enumeras vitorias no MTB e em corridas de aventura no brasil e no mundo, sempre usando os bordões e lemas que o tornaram famoso, como por exemplo: “quer ser feio? Então, vai treinar que tá todo mundo treinando”, “NQSF (ninguém quer ser feio)”, “sem fingimento”, “para de fingir e vai treinar, que tá todo mundo treinando”, “tem isso sim!” e o famoso “brutudemais”. Entretanto, o que esse cara mais faz é incentivar e motivar ciclistas de fim de semana, atletas amadores e toda a sorte de amantes do ciclismo a irem em frente, buscando a superação a cada dia, almejando alcançar feitos que vão do mais ínfimo até o mais extravagante, como é ilustrado em uma frase que ele usa de tempos em tempos: “tem um sonho? Então vai atrás dele que ele vem atrás de você.” O Thiago Drews Elias nasceu em 18 de janeiro de 1978 na cidade de Belo Horizonte (MG), estudou no Colégio Anchieta, fez educação superior na UNI-BH, formando-se em Educação Física, abriu a sua empresa, a Brou Fitness, reside em BH e divide seu tempo entre dar aulas na academia, atuar na sua farmácia e treinar na “brutalidade máxima e delirante” e “sem fingimento” todos os dias. Começou a pedalar por incentivo do pai, ainda nos tempos de criança, mas somente há 6 anos é que levou a coisa mais a sério se tornando um dos atletas mais brutos do Brasil. Só para vocês terem uma vaga ideia, neste ano, na edição do Brasil Ride 24 h, uma prova onde os atletas têm 24 h para pedalar, vencendo quem consegue cobrir a maior distância no tempo determinado, ele foi o único atleta, de sua categoria, que não parou para descansar em nenhum momento. Eu conheci (não pessoalmente) essa figura logo quando reiniciei a pratica do MTB e de cara a minha primeira impressão foi: “esse aí é puro de coração”. Cansei de ver (apenas uma expressão, pois não me canso) posts, vídeos e notícias que mostram esse bruto doando bikes, equipamentos, presentes, roupas, pagando inscrições de atletas da Brou Aventuras para participarem de competições, treinando e incentivando vários atletas carentes, ou menos afortunados, tudo “nu pelo”, como ele diz, fazendo toda sorte de boas ações e conquistando cada vez mais seguidores nas redes sociais. Há posts dele, ou vídeos, com mais de 10.000 acessos, isso em poucos dias, muitos vídeos e posts de outras pessoas que o mencionam, imitam, agradecem, comentam, enfim, o cara tá em todas. Não preciso dizer que o admiro muito, pois ele representa muito do que é o MTB para mim, de como é duro esse esporte, mas de quanto nós gostamos desse sofrimento, de como a superação pessoal representa a vitória nossa de cada dia. Poderia escrever muito sobre ele, mas prefiro que quem não o conhece tire suas próprias conclusões. Abaixo, um dos primeiros vídeos que assisti dele e que diz muito sobre quem ele é. Quem quiser segui-lo, o endereço no Facebook é https://www.facebook.com/BrouBruto e o canal do YouTube é https://www.youtube.com/channel/UCqDc_Hlsr0RQPaR4sP4EGZw


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Retrospectiva: a Trilha da Lua Cheia

Há pouco mais de um ano, eu participei de um pedal noturno, que foi chamado de Trilha da Lua Cheia. Eu havia voltado a pedalar, ainda com pouca regularidade, há uns 4 meses e estava despreparado para esse desafio, pois fazíamos pedais de 30-40 km de distância e esse seria um pouco mais longo. Além desse Blog, que é algo novo, eu mantenho uma espécie de Ciclodiário no meu computador, que venho alimentando com minhas “aventuras” há algum tempo, na verdade desde que voltei a pedalar, e é dele que retirei o material para este post. Mantive a escrita no seu formato original, de um diário. Então, vamos lá...


“16/01/2014
Após pensar bem, associado ao fato de que ninguém vai pedalar hoje, decidi ficar em casa assistindo TV. Estou aguardando uma viva alma que queira ir comigo na Trilha da Lua Cheia, mas até agora nenhum conhecido meu topou. Me questiono se vale apena ir sozinho, ou se eu sou capaz de aguentar o trajeto. Vamos esperar. Mas de toda forma, fiz minha inscrição. Comprei a sapatilha SPD da Shimano e um pedalclip. Testei e acho que vai dar para não cair, mas acho que escolhi o momento errado para experimentar: numa trilha, à noite, de 75 km, no barro, com areia frouxa, buracos, cheio de gente se acotovelando....kkkkk...eu devo ser maluco mesmo.


17/01/2014
Pensei em dar uma pedalada hoje, sexta-feira, para compensar ontem, dia em que eu não fui, mas como amanhã é o “grande dia”, resolvi descansar e poupar energia. Recebi minha última negativa dos companheiros que convidei para ir amanhã na Trilha da Lua Cheia, mas decidi ir de toda forma. Só saberei se posso se tentar. Vamos lá então.


18/01/2014: Dia da Trilha da Lua Cheia
14:30: cheguei agora em casa, vindo de uma pescaria com uns amigos e vou ver se descaso um pouco. Comprei uma Coca-Cola, um Burn e sorvete. Agora é só comida leve e hidratação.
16:45: levantei e comecei a baixar músicas (as mais tocadas em 2013...nem sei quais são...nunca escutei) para compor uma trilha sonora da pedalada de logo mais. Pensei: ‘vou sozinho, não conheço ninguém por lá, não conheço o percurso, então pela lógica, tudo será uma surpresa, inclusive as músicas executadas’. Acho que assim eu me centro no que estou fazendo e não nas músicas, já que nunca às ouvi antes, sem gerar distração ou expectativas. Sei que não é tão correto pedalar escutando música, com fones de ouvido, mas sempre gostei e às músicas têm um poder de estimular, de motivar, e isso eu vou precisar. Só uma música fiz questão de pôr no meio da seleção, uma que escutei em um canal do YouTube (Praquempedala): “Song way”. Essa aguardarei com expectativa. No vídeo do Henrique, do Praquempedala, essa música é que o embala na pedalada sofrida que ele fez certa vez e talvez funcione para mim também.
17:30: liguei para minha amada esposa para informar que eu vou pro pedal. Falei um pouco com ela sobre o projeto e me senti mais leve ao desligar o telefone. Daqui a pouco, umas 18:10, vou me aprontar. Agora é só dar a hora de sair.
18:10: vesti minhas roupas, peguei a mochila de hidratação, organizei as tralhas e tomei uma Coca-Cola e um Burn. Vamos lá.
18:30: pronto e a caminho.
19:00: estou na orla de Juazeiro-BA, esperando a hora da saída. Tem muita gente. Acho que mais de 100 pessoas. Estou sentindo um frio na barriga. Espero não me borrar todo. Encontrei Henrique e Felipe. Eles estão aqui, mas só para ver a partida. Henrique me deu umas dicas de última hora. Vou me concentrar em segui-las. Continuo achando que o pedalclip não foi uma boa ideia para hoje, mas já estou aqui e já está sem jeito. Observação: parece que estou digitando a medida que as coisas acontecem, mas obviamente não, vou narrar de forma mais livre a partir de agora.
Seguimos pelas ruas de Juazeiro, um pelotão enorme, passando nos semáforos, sem respeitar sinal vermelho, chamando a atenção de quem estava nas calçadas. Tensão muito grande, pois há muitos carros e motos, mas estou no meio do pelotão para buscar proteção. A medida que nos afastamos da cidade o trânsito diminui e fico mais confiante de clipar ambos pés. Às vezes é fácil de clipar e difícil de desclipar e as vezes é fácil de desclipar e difícil de cliplar. Uma hora eu aprendo. Agora o pelotão começa a se dispersar (a se quebrar, como é gíria dos ciclistas) e eu tento me manter no miolo, mas com a minha forma física e performance é difícil. Chegamos na entrada da estrada que leva a uma trilha carrancuda que vai dar na Agrovale, uma fazenda de produção de cana-de-açucar. É hora de um "briefing". Note que quando um ‘caboclo’ como eu, que tá começando, com medo e sozinho, escuta o que eu escutei: "É isso aí pessoal. Nós todos estamos aqui por que gostamos de aventura, porque aceitamos o desafio, ninguém veio forçado...então vamos optar pela trilha mais difícil, mais técnica. Vão ser uns 10 km de ladeiras, areia, cascalho, lama...tem buracos na pista...tomem muito cuidado, que é perigoso...tem lugar que tem que descer da bike se não cai..."; é para desistir e voltar. Pensei: “vou voltar”; mas tem um porém...já foram 20 km e aí voltar daqui, além de vergonhoso, é foda. Vamos lá então. Confesso que se tivesse visto no rosto de alguém a mesma expressão de medo que estava no meu rosto eu tinha dito: “Ei camarada, vamos voltar?!”. Realmente não estavam mentindo: foi foda! A trilha tinha vários trechos de ‘single-track’ e muito terreno acidentado. Fiquei na rabeta, onde era o meu lugar. Os meus pneus não ajudaram, pois como são mais lisos no centro, a tração ficou comprometida, bem como a estabilidade. Fiquei lá atrás, mas pelo menos não cai. De tanto em tanto tempo, um obstáculo obrigava o pelotão do fundo se fundir com os intermediários, de tal forma que vira e mexe eu estava com o pessoal novamente e isso foi bom. A minha companhia mais constante era a de um batedor de moto, que ficava atrás de todos para garantir que não havia ficado ninguém para trás, pelo mesmo mais para trás que eu. Findado esses 10 km, todos estavam reunidos novamente. O pessoal da organização e o pelotão de frente esperaram todos chegarem. Um breve ‘pitstop’ para uma barra de doce de goiaba, que havia levado (na época nem sabia do que raios era CarbUp), e uns goles de água e voltamos a pedalar. Agora já estava mais confiante e ainda estava muito motivado, mas faltavam ainda uns 10 km para chegar a sede da Agrovale. Ao chegarmos lá, na sede da Agrovale, encontramos uma mesa com frutas e muita água mineral. Comi melancia e bebi bastante água. Fiz uns alongamentos e me preparei para mais um trecho. Agora seria uma volta na plantação de cana de açúcar, mais uns 10-12 km ao redor do perímetro, que nos traria de volta ao mesmo ponto de apoio. Eu me toquei já havia passado da metade e ainda tinha pernas, então resolvi me soltar e manter uma cadência que me permitisse rodar a perna sem esforço, mas ao mesmo tempo num bom ritmo. Já não desclipava dos pedais com muita regularidade e estava mais confiante. O que mais me surpreendia até aqui era não ter caído ainda. Neste último trecho, para minha surpresa, mantive uma boa média (no estradão) e me mantive no pelotão intermediário. Findada esta etapa, mais água e alongamentos para o retorno. Alguém me disse que agora eram mais 25 km, só de asfalto. Pronto! Meus problemas estavam acabando, só tinha que administrar o esforço das pernas para chegar ao fim. Que venha o asfalto. E ele veio, e para minha surpresa, minha cadência me permitiu ir no miolo do pelotão intermediário e melhor, a cada km que passava eu ultrapassava um e outro, e chegando em Juazeiro, percebi que só tinha eu e uns 15 outros ciclistas na frente. Eu havia chegado apenas 5 min depois do pelotão de frente. Não poderia ser melhor: eu havia conseguido completar a trilha e, ainda mais, muito bem (pelo menos para os meus parâmetros). Descansei um pouco, me despedi do pessoal e fui em rumo a ponte, pois eu ainda tinha que voltar para casa. Estava super feliz, mas exausto.

02:00: Cheguei em casa morto de cansado, mas com um sorriso enorme no rosto, sobretudo quando eu vi a quilometragem final: 81,8 km, meu recorde pessoal. Me despi, tomei um banho no chuveiro do jardim mesmo, entrei em casa, preparei uma gororoba e comi feito um bicho. Me deitei ainda pensando no meu feito. Foi muito emocionante. Eu me emocionei mesmo! Descobri que posso ir além do que imaginava e agora eu quero ir além mesmo. Abraço e até a próxima.”






sábado, 25 de abril de 2015

O caminho do pódio, um guia para chegar lá

Aqui estão duas boas matéria, escritas pelo Marcos Adami, publicadas na Bikemagazine.
Dá algumas dicas para quem está iniciando no mundo das competições. Vale a pena ler Click nos links para acessar a matéria correspondente.






quarta-feira, 22 de abril de 2015

Havia uma vespa no meio do caminho

Quando saímos para pedalar, dia após dia e todos os dias, todos os ciclistas assumem um certo risco. Todos nós saímos de casa, em nossas bikes, com uma certeza: todos vamos cair! Em vista à essa certeza, o que resta ao ciclista é saber quando vai cair e torcer para que a queda seja o mais leve possível, para que não nos arrebentemos e, se isso ocorrer (nos arrebentarmos), que nos recuperemos o mais rápido possível, para continuar a pedalar. Vou classificar (por pura putaria e só de sacanagem) os acidentes em que os ciclistas se envolvem em três grandes categorias, sendo elas: (1) Imperícia/imprudência própria; (2) ‘Desastres naturais’; e (3) Por envolvimento de terceiros. Vou explicar cada um deles. O ciclista pode sofrer um acidente, e cair, por que ele se distraiu, errou um “bonny hop” (ou qualquer outra manobra), perdeu o equilíbrio sozinho, abusou da sorte e da habilidade, fez algo impensado e estúpido, ou fez qualquer lambança, típicas (na maior parte) de iniciantes, e foi ao chão em razão da sua imperícia/imprudência. O ciclista pode sofrer um acidente, e cair, por sucumbir a um obstáculo como um buraco, uma pedra solta, um pouco de terra no asfalto, água em poças fundas, terreno escorregadio, areia frouxa, galhos ou qualquer coisa pelo seu caminho, qualquer coisa que se apresente de supetão ou de surpresa (não depende dele) e, mesmo com toda a sua perícia, ele não consegue escapar (e aí é ... chão!). Esses são os desastres naturais. E por último, o ciclista pode sofrer um acidente, e cair, por intervenção de terceiros, quando esses terceiros são carros e motos (motoristas) que os fecham, que abrem as portas, que os atropelam, que os jogam para fora da pista, por outro ciclista fazendo toda a sorte de lambanças, imprudências (ou correlatos) ou um ciclista que foi vitima e um ‘desastre natural’ ou de um outro “terceiro”, que ao cair o leva junto com ele. Como podem perceber, as categorias não são mutualmente exclusivas, na verdade o mais fácil de ocorrer é um acidente ser provocado por um conjunto de pelo menos duas delas, e vira e mexe temos uma convergência das três classes provocando acidentes. Pois bem, hoje estava pedalando no asfalto, a uma boa velocidade, focado no exercício, quando eis que surge uma vespa no meu caminho. A desavisada vespa veio de encontro ao meu rosto e, se chocando com o mesmo, deferiu uma picada medonha, mesmo no meio da minha testa. A expressão em inglês que descreve a mira da vespa é “in bull’s eyes” e foi assim que foi: no meio dos olhos. A dor se fez instantaneamente e, se não bastasse, a maldita vespa ficou presa pelo seu ferrão, que se incrustou em minha testa. Larguei uma das mãos do guidão da bike para tentar retirar a vespa de meu rosto, neste momento me desequilibrei e, por puro instinto e reflexo, freei a bike, apenas o suficiente para amenizar a queda, que a essa altura já era inevitável. Ainda deu tempo para pensar, numa fração de segundo: “pronto, que venha o chão!” E ele veio, em seus tons de cinza, marrom e verde. Para minha sorte, cai em um arbusto esquisitamente fofinho que amorteceu a minha queda, mas foram os óculos pra um lado, a bomba para o outro, a bike ficou pra trás, a caramanhola foi rolando lá pra frente, mas a porra da vespa insistiu em continuar encravada em minha testa. Na sequência, o que fiz foi: tirei a vespa de mim, olhei rapidamente para trás (para a bike), olhei rapidamente para meu corpo (pernas e braços), ri de mim mesmo, tirei uma foto do rosto (para ver o estrago), ri novamente com a imagem (pensei essa vai pro Blog), apanhei a caramanhola, joguei água gelada no rosto e comecei a juntar as coisas. Abro um parêntese aqui para falar de algo que é normal e comum para todo ciclista, quando caímos a primeira reação é olhar para a bike, ver como ela está, só depois olhamos para o nosso corpo, para checar os estragos provocados pela queda, e comumente sentimos mais pena dos arranhões sofridos por ela do que pelos estão em nosso corpo. Voltando a narrativa, acho que posso classificar o evento de hoje como um ‘desastre natural’. Certa vez, um animal já chegou a me derrubar, foi um cachorro, que se meteu na frente da bike (de supetão) e me levou ao chão, mas essa foi a primeira vez que um bicho alado me derruba da bike. Fico pensando em qual será o próximo, será um urubu, uma gaivota (se for próximo ao litoral), um morcego (se for um pedal noturno), esse último eu acho improvável, mas sabe-se lá. Ficarei na expectativa em saber qual será o motivo da próxima queda, mas como eu disse, que ela seja o mais suave possível e nos arrebente (eu e a bike) o mínimo que for permitido. O curioso é que sempre os pontos de contato do meu corpo com o chão, nessas minhas quedas animalescas, podem ser descritos pela letra de uma canção infantil que meu filho sempre escuta: “Cabeça, ombro joelho e pé”. Até mais. Ah, logo abaixo duas fotos: a da agressora e da vítima.



terça-feira, 21 de abril de 2015

A madrugada é o início do dia para o ciclista

Uma das coisas mais comuns para o ciclista é acordar ainda no escuro da madrugada para se preparar e sair para o pedal. Cada um tem o seu ritual pessoal, mas algumas coisas são comuns. Eu, por exemplo, como não tenho que me deslocar muito para iniciar o pedal, acordo (nos fins de semana) às 5:00, ou antes disso quando estou ansioso, e inicio o meu ritual fazendo um higiene pessoal básica. Após isso, visto a bermuda, meias, sapatilhas, cinta do frequencimetro, camiseta, ponho os óculos, o capacete, calço as luvas e pego as tralhas (bolsa de selim, câmara de ar extra, ferramentas, remendos, bomba de ar, etc). Chegando à cozinha, preparo um 'shake' de maltodextrina (tomo-o), preparo um café expresso (pra dentro também), tomo meus medicamentos diários, pego uma barra de cereal, um gel (Carbup ou similares), abasteço a bolsa de água e vou para a garagem. Lá na garagem, as minhas princesas estão me esperando, são elas: Naomi, Rebeca e Scarlett (as minhas bikes tem nomes próprios). A depender do percurso escolho uma delas, já que cada uma delas tem um proposito, sendo que uma delas é uma bike urbana (antes era a única e agora quase nunca a uso), outra de estrada (Rebeca) e uma MTB (Scarlett). Mas tem uma coisa mágica em acordar de madrugada, uma coisa que sempre me enche de alegria: ver o sol nascer! Quando isso acontece, ver o sol nascer, é como se o dia fosse maior e mais belo. A sensação do frio da brisa no rosto perdendo terreno para o tênue calor dos primeiros raios de sol é descritível, mas é melhor sentir que pôr em palavras. Enfim, é muito bom e se você faz tempo que não experimenta...experimente!





segunda-feira, 20 de abril de 2015

Medo do drop

Há pouco mais de um mês, me tornei o feliz proprietário de uma Merida Reacto 400, uma “road bike” (bicicleta de estrada), e desde então ela é minha fiel companheira, da terça-feira a sexta-feira, nos pedais da semana. Pedalo entre 1,0-1,5 horas por dia, obedecendo uma sistemática de treino que me permite usar até 70% de minha frequência cardiorrespiratória máxima (isso significa estar em 60-70% da FCmax, chamada de Zona 2). Bom, obviamente para treinar assim é necessário usar um ciclocomputador com um frequencimetro, no meu caso um Garmin Edge 1000, e neste caso você começa a se familiarizar com sua frequência cardíaca (FC) nos vários momentos do exercício. Não se aborreça ainda com a narrativa técnica, não vou anunciar o produto nem a sistemática de treino, mas preciso apresentar essas informações para o que tenho a narrar a seguir. Pois bem, uma coisa que é interessante de se falar é de como um ciclista que só pedalava de MTB se sente quando experimenta uma “road bike”, ou “speed” como é mais popularmente conhecida. Tudo é esquisito no início, você estranha a leveza da bike, como ela é susceptível ao vento lateral, como os pneus extremamente cheios (100-120 psi) torna bike ‘dura’, como a falta de suspensão transfere cada impacto gerado das imperfeições e ondulações do asfalto para o seu corpo, da velocidade que se consegue chegar e principalmente da posição em que se pedala. Há três pontos, no guidão e adjacências, onde as suas mãos podem segurar e cada um desses pontos muda a forma de se posicionar sobre a road bike. Pode-se segurar na barra do guidão, que é a posição mais relaxada do ciclista, onde o mesmo está com seu tronco o mais ereto possível, sendo essa a posição menos aerodinâmica possível e a que mais se parece com a posição do MTB. Pode-se segurar na alavanca do passador de marchas/freio (do inglês “shifter/brake levers”), que é a posição mais comum, a em que o ciclista permanece por mais tempo em cima de uma speed e a que obriga-o a se reclinar para frente de forma a aumentar a aerodinâmica e reduzir o arrasto aerodinâmico gerado pelo vento frontal. E por fim, pode-se segurar nos “drops”, que é aquela parte curvada, em forma de gota, da extremidade do guidão das speeds. Usando os drops o ciclista fica em sua forma mais aerodinâmica sobre a bike, com menor área de contato com o vento frontal, e fica bastante reclinado sobre a bike, quase como se estivesse deitado sobre a mesma. Durante esse tempo, que tenho rodado de speed, poucas vezes cheguei a tocar nos drops e menos ainda segurei-os de pé na bike, que é essencial para fazer mais força e ganhar velocidade. Percebi que cada vez que eu desço as mãos da manopla de mudança para os drops a minha FC aumenta de 10-15 bpm (batimentos por minuto) do nada, denotando que, provavelmente, ainda não tenho confiança em fazer o uso deles e o pior: tenho medo de fazê-lo. Sei que isso deve ser motivo de risos para os ciclistas mais experientes (eu, pelo menos, morro de rir comigo mesmo toda vez que acontece), mas não posso enganar o meu coração. Cada vez que tento a minha FC aumenta, fico muito tenso, e provavelmente vai ser assim até eu me acostumar com a posição, com a ideia de ver o chão tão de perto como quando se está nos drops. Como estou treinando sozinho, devido aos meus horários, não posso contar com os conselhos e dicas de ciclistas de estrada mais experientes e assim conto apenas com minhas impressões. Como para mim tudo é novo, sobretudo de road bike, as minhas impressões são tudo o que tenho e é aquilo que compartilho aqui. Até mais.


domingo, 19 de abril de 2015

O nascimento da bicicleta

Vídeo muito bom sobre a história da bicicleta e de como ela, a bike, mudou com o tempo.



“Cuidado carbono: os quadros de alumínio estão retornando?”

Para os aficionados em carbono, eis uma boa matéria que põe em cheque, ou pelo menos em dúvida, essa suposta superioridade dos quadros de carbono em relação aos de alumínio. A matéria foi publicada pela renomada revista Cycling Weekly.
Segundo a matéria “as ligas podem representar o renascimento de bicicletas de alumínio depois dele ser empurrado para fora do centro das atenções pela fibra de carbono”.
O fato é baseado em algumas quebras do paradigma atual. Por exemplo, “se dermos uma olhada na lista de bicicletas de estrada top de linha, de vários fabricantes, você notará uma esquisitice: a Specialized S-Works Allez, por exemplo, é uma máquina que vem equipada com uma lista de componentes de especificações de dar água na boca, que inclui um grupo Shimano Dura Ace Di2 e rodas de carbono Roval Rapide e custa R$ 34 mil. Até agora tudo certo, mas há um detalhe: o quadro não é feito em fibra de carbono e sim em alumínio”, e outros fabricantes como a Cannondale e a Canyon també têm road bikes top de linha em alumínio.
O apelo para o uso de fibra de carbono na fabricação de quadros para bikes reside no fato que ele permite um quadro leve e, se construído com cuidado, a bike pode ser lateralmente rígida e verticalmente complacente. Aqui vale uma explicação. A rigidez dita no artigo se refere a capacidade de resistir melhor às torções laterais, o que torna a bike mais estável em curvas. Já o que é chamado de complacência vertical é a capacidade do quadro de absorver os impactos verticais gerados pela passagem da bike sobre obstáculos e pequenas deformidades no asfalto, o que é excelente para uma road bike, já que ela não dispõe de amortecedores para tanto (pelo menos a maioria), o que gera um maior conforto para o ciclista. Essa segunda característica é inerente a capacidade de flexibilidade gerada pela fibra de carbono. Outra coisa é que os quadros em fibra de carbono não têm soldas em suas junções e por isso dão ao quadro uma suavidade nas linhas, como se o quadro fosse uma peça só, o que é muito vistoso e bonito.

Mas o que aconteceu na última década que pode mudar um pouco esse cenário? A tecnologia atual permite moldar, formar e montar quadros de alumínio de uma forma jamais vista. Hoje os quadros em alumínio, em suas junções, são tão lisos e suaves como os de carbono. Outro ponto é o peso. Há ligas de alumínio que podem serem usadas na manufatura de quadros tão leves quanto os de carbono, como alguns que alcançaram a marca magica de apenas 1 kg. Como as ligas de alumínio não possuem muita elasticidade à deformação, os quadros feitos com essas ligas são rígidos à torção. Por fim, o preço. A liga de alumínio é muito mais barata e fácil se ser manipulada que a fibra de carbono. O único ponto contra os quadros de alumínio, se acompanhou a narrativa até aqui, seria a falta de complacência vertical. Mas para resolver esse problema, muitos fabricantes têm usado garfos, guidões e canotes de selim de fibra de carbono para absorver os impactos verticais, bem como têm equipado as suas bikes de alumínio com rodas em fibra de carbono com pneus mais largos e altos (25 mm em vez de 23 mm). Uma vantagem do quadro construído em alumínio é que ele resiste a impactos diretos que poderiam fraturar, ou quebrar, os de fibra de carbono, e dessa forma, caso haja necessidade de concerto da estrutura, é mais simples e fácil consertar o alumínio que o carbono. Além disso, a maioria dos quadros de carbono só suportam um peso, ou pelo menos é uma indicação de sus fabricantes, de até 90 kg enquanto os de alumínio podem até 120 kg. Talvez por isso os quadros de alumínio ainda tenham os seus dias de gloria de volta, como quando eles substituíram os de cromo-molibdênio das décadas de 70-80. A matéria original pode ser acessada neste link

sábado, 18 de abril de 2015

Testando a câmera lenta do Sony Z3

Testando a funcionalidade da câmera lenta do celular Sony Xperia Z3 Dual. O Z3 grava em 120 fps, sendo possível escolher trechos para "toca-los" em 24 fps. O Z3 também é capaz de gravar vídeos em 4k, o que é um formato de resolução 4x superior ao Full HD. Bem legal esse celular. Depois quero fazer uns vídeos melhores com essa função. 



Teste de vídeopost: pedalando por aí.


Eis uma compilação de fotos de alguns pedais da turma em 2014.

Pedal macio


Sabe aquele dia em que você pedala em uma cadência confortável, sem muito esforço, respirando compassadamente, com uma boa velocidade e fica parecendo que você está deslizando no asfalto? Bom, esse dia foi ontem! É uma sensação boa e poderosa, como se os quilômetros fossem se "entregando" à você. Que essa sensação se repita, pelo menos mais algumas vezes, até que eu passe para o próximo estágio do treinamento, onde só posso esperar por muito sofrimento. Amanhã é dia de trocar de campo, saio do asfalto e vou para a terra, pois o fim de semana é de MTB. Até

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Dia mundial do ciclista

Bom, hoje comemoramos o dia do ciclista em todo o mundo. Pode-se ler e ver nas várias mídias sociais homenagens de todos os tipos e para todos os gostos. Assim, fica aqui registrada a minha singela homenagem aos meus colegas e amigos, que pedalam, pelo seu Dia. Neste dia do ciclista, que comemoro pela segunda vez na minha vida e pela primeira vez me sentindo um de verdade, eu celebrei pedalando. E você?

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Apresentação

Olá galera. Meu nome é Luciano Ribeiro, um neófito no ciclismo com 38 anos de idade, que só recentemente (re-)descobriu o prazer de pedalar. Comecei a pedalar há uns 18 meses e de lá para cá minha vida mudou muito devido a esse esporte incrível que é o ciclismo. Iniciei as pedaladas com mais de 90 kg, um IMC (Índice de Massa Corpórea) superior a 30 kg/m², um percentual de gordura no corpo superior a 25%, uma pança de mais de 110 cm de circunferência, absolutamente sedentário e hipertenso.  Hoje começo a colher os frutos de minhas pedaladas e, definitivamente, estou apaixonado pelo esporte. Estou, atualmente, com 75 kg, IMC de 25 kg/m², menos de 12% de gordura corporal, 85 cm de circunferência abdominal, pedalo 5-6 dias por semana e minha pressão arterial média é de 105 x 65 mmHg (popular 10 por 6). Me sinto mais vivo que nunca. Para que essa apresentação na primeira postagem do blog? Vai dizer "pergunte-me como"? Nada disso! O objetivo aqui é ressaltar o que a bike fez pela minha vida e como ela, ou qualquer outro meio ou esporte, pode mudar a sua vida também. Outro ponto é "qual é o objetivo desse blog?" e vou logo dizendo: não sei! A ideia surgiu de minha esposa. "Por que você não escreve um blog?", disse ela. Pensei, e ainda estou pensado, no que eu posso oferecer em um blog, o que escreveria, de que servirá para os outros e coisas do gênero. Mas, aqui estamos. Esse aqui é um blog despretensioso. Não quero, não acho que deva e não vou ensinar nada, doutrinar ou convencer a você a nada, até porque não sei praticamente nada sobre ciclismo que me habilite a tanto. Eu quero apenas compartilhar com vocês às minhas impressões e experiências, como um menino descobrindo algo novo. Para você, que se identificou com a ideia e também iniciou agora suas pedaladas, talvez seja interessante, mas isso já seria algo pretensioso. O nome do blog é o mesmo de um grupo de ciclismo que fundei aqui na minha cidade, mas é algo que discutirei mais além. Nos veremos por aqui! Até.