segunda-feira, 17 de abril de 2017

Na reta final em busca da "meia"

Os treinos continuam e os resultados vêm chegando devagar. São resultados bons, mas que trazem algumas consequências não tão boas assim. Depois da segunda sessão de tiros, na semana passada, que me deixou todo moído, seguiu-se um treino longo no sábado, 16 km em Z2/Z3. Fiz o treino de sábado ainda sentindo muita dor na região do músculo piriforme e nervo ciático da perna esquerda. Foi sofrível o início. Porém, depois de aquecer o corpo, findando os primeiros 3 km, a corrida se tornou mais leve, mas após passar dos 12 km as dores começaram a aumentar e começaram a me preocupar. Pensei: "se eu me lesionar nesta fase, vou por em risco todo o projeto da meia maratona”. Terminei o treino muito dolorido, quase me arrastando, e assim que terminei os afazeres pós-treino (whey, roupas suja no cesto, banho, etc.) pus um saco de gelo no glúteo para tentar aliviar as dores. Nos dias que se seguiram, as dores persistiram, fiquei a base de gelo e massagens, e a preocupação aumentou.


Falei com meu treinador (na verdade nos falamos toda hora, faz parte do pacote ‘personal trainer’ de luxo) e ele entrou em contato com um fisioterapeuta esportivo e marcou uma hora com ele. As palavras “liberação miofascial” e "quarta-feira à noite” foram proferidas. Pensei: “meu treinador é muito atencioso”; e sobre a tal liberação pensei: “vai ser uma boa experiência”. Nessas duas últimas semanas, além dos treinos “intensos”, eu tive uma série de consultas e exames a fazer, nada demais, um checkup de rotina, que terminaria na quarta-feira dessa semana com um teste de esteira (teste ergométrico de esforço) pela manhã e um ecocardiograma (Ecodoppler-cardiografia) à tarde, e mais a liberação miofascial à noite. Quarta-feira cheia! Essa semana seria só de treinos de “rodagem”, apenas volume a baixa intensidade, assim, em teoria, poderia descansar um pouco dos tiros. Terça foram 40 min de corrida leve/moderada, quinta seriam 60 min e o longão de sábado.



Terça fiz o treino com as dores já citadas, sendo melhor do que eu esperava, e na quarta fiz os exames já citados. Parênteses abertos, vamos falar dos exames e seus resultados. Fiz uma série de exames sanguíneos também, além dos já citados, mas o que me alegrou muito foram os resultados. Todas as taxas, de todos os exames, não tiveram seu resultados 'bons', mas sim 'excelentes'. No teste da esteira, eu tive um escore muito bom (excelente, na verdade) e o eco mostrou um coração forte e pronto pra mais. Com tudo em ordem com a saúde, um resultado até esperado e de acordo com o condicionamento fisico atual, voltemos à nossa quarta-feira. 

À noite foi a hora da tal da liberação, que veio bem a calhar, pois o teste da esteira, apesar de curto, foi ‘intenso' (lá vem essa palavra novamente). Depois de uma entrevista rápida com o fisioterapeuta, o André, ele iniciou o processo. Já haviam me falado quão dolorosa é essa tal liberação, mas é preciso fazer para sentir na pele o que significa, verdadeiramente, a expressão “pôr o dedo na ferida”. Dói e dói muito! Morde-se a língua para não gritar, rir-se para não chorar. O André até me disse que “quanto mais ‘destruídos' os músculos estão, mais esse procedimento dói" (e eu não tenho motivos para duvidar disso). Depois da sessão de “tortura" curativa, o André colocou umas ventosas em uns pontos mais críticos, para melhorar a circulação. Cara, não sei se é só impressão minha (e acho que não é), mas àquilo, o conjunto liberação e ventosas, deixou minhas pernas mais leves. 

Não posso dizer que saí de lá com as pernas e o glúteo menos doloridos, até porque me disseram que continuaria doendo algum tempo depois da liberação, mas na quinta minhas pernas já estavam melhores e as dores foram menos intensas. Sábado foi dia do último longão antes da Meia de Tiradentes, foram 18 km e realmente as dores praticamente haviam sumido, apenas uma fisgadinha aqui e ali (vez por outra) no tal piriforme, mas cumpri o treino de boa. Agora estou apenas com uma dor na lombar, mas isso é uma outra estória, que fica para uma outra hora (só para matar sua curiosidade: fiz uma besteira no treino da quinta.  Por conta própria, mudei a postura de correr radicalmente, fazendo um teste, mas deu errado e consequentemente a lombar pagou o pato). Agora é hora de descansar, pois essa semana tem prova e eu estarei lá para estrear na minha primeira meia maratona. Vamos em frente. Até.

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