terça-feira, 25 de abril de 2017

Minha primeira meia maratona

Domingo eu corri a 33a Meia maratona de Tirandentes, na cidade de Juazeiro-BA, uma prova que faz parte do calendário regional de corridas de rua e que é uma tradição por aqui. Foi a minha primeira experiência com essa distância, os 21.097,5 m (comumente arredondada para 21,1 km). A largada estava prevista para às 07:30 e, como sempre, cheguei bem cedo para me ambientar (odeio chegar em cima da hora). Atém dos 21,1 km, tinha um circuito menor, de 5 km, que minha esposa iria fazer. Chegamos lá umas 6:30 e esperamos o circo ser armado. Diferente das minhas outras corridas, curiosamente, eu não estava ansioso e fiquei calmo até a hora da largada. Dada a hora certa, me despedi de minha esposa e me posicionei lá atrás do pelotão, conforme combinado com meu treinador, juntamente com uns amigos e de lá parti pontualmente às 07:30.
Meu treinador havia combinado comigo que, independentemente se eu pudesse fazer o percurso sub 2 h, eu o faria em mais de 2 h, pois s tratava de um treino. Nos primeiros quilômetros foi tudo tranquilo, resisti a tentação de sair correndo feito um louco na largada, mantendo um pace constante e relativamente confortável, e corri mantendo um ritmo de 5:40/km até os 10 km. A hidratação não foi um problema, pois a cada 2 km havia um ponto de distribuição de água e isso me deixou tranquilo, mas passados os primeiros 10 km eu reduzi um pouco o ritmo para me poupar, pois o calor era intenso, ficando com um pace de 6:00/km. Levei um sache de gel de carboidratos, que consumi aos 12 km (já sabendo que haveria um posto de re-hidrataçao nesta marca), e isso foi o suficiente. Por volta do quilometro 16, senti que haviam calos nos meus pés, o que eu já esperava (devido ao tênis), mas nada que me impedisse de continuar no ritmo que eu estava. Até os 18 km eu estava me sentindo muito bem, respiração compassada e leve, e o corpo não dava sinais de fadiga: tudo em ordem!

Ao passar do quilometro 20 eu decidi aumentar o ritmo, indo para um pace de 5:30/km, e segui assim até o fim. Porém, ao avistar o pórtico de chegada me dei conta que estava cansado, mas segui em frente, a toda, na reta final. Minha esposa estava lá me esperando e correu ao meu lado os últimos 30 m da prova. Cruzei a linha de chegada em 2h04m05s (no meu relógio) me sentindo super satisfeito com o resultado. Estava cansado, mas não estava morto, e havia corrido o tempo todo (sem quebrar). Recebi minha medalha, bebi o quanto aguentei de água, comi duas bananas e curti aquela festa da chegada com os amigos e companheiros finalistas. Ao chegar em casa vi os dados do Garmin e confirmei o que havia imaginado, fiz a corrida num ritmo constate, sem altos e baixos, com paces que variaram dos 5:22/km aos 6:08/km. Tudo muito sóbrio, muito calculado.
Porém, confesso que foi menos emocionante do que eu esperava, mas entendo o porquê disso. Eu treinei muito seriamente, sempre focado, sempre disciplinado, sob a supervisão próxima de meu treinador e tudo seguiu um roteiro, tudo foi como havia sido planejado. Então, não houve surpresas, eu sabia que iria conseguir. Não me entenda mal, foi muito bom ter completado da forma como eu completei, me senti muito feliz, mas não tive vontade de chorar e isso as vezes é uma sensação gostosa de sentir. Senti essa alegria chorosa no Desafio 10 h Correndo, quando a mim foi dada a missão de dar a última volta no circuito, completando os meus 27,5 km naquele dia. Naquele dia tive vontade de chorar de emoção, mas não chorei. Quem sabe isso esteja reservado para a Asics Goden Run de Salvador-BA, a prova-alvo desse semestre. Vamos ver. Nessa corrida eu não levei minha câmera, assim não tem vídeo, mas quem sabe na próxima?! Continuem acompanhando, curta (se quiser), compartilhe (se desejar) e comente. Obrigado.


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