sexta-feira, 7 de abril de 2017

Hoje eu fiz o treino mais duro da minha vida (pelo menos até agora)

Quando meu treinador disse que essas próximas duas semanas seriam "intensas" (palavras dele) eu não tinha ideia do que “intensas” significariam. Já havia feito treinos de tiros, há duas semanas, e eles haviam sido muito duros (para mim), sendo (na época) as piores experiências em termos de treino que havia vivido. Foram, na época, 10 tiros de 200 m, com 2 min de descanso entre eles, e depois mais 5 tiros de 100 m, com 1 min de descanso entre eles. Neste semana as coisas pioraram. Na terça foi meio que um “abre alas” para hoje, foram 5x200m + 5x100m, com dois minutos de descanso entre os tiros. Mas hoje…foram 4x500m + 4x200m + 5x100m. Ao final de cada tiro de 500 m eu tinha vontade de chorar. Não, de vomitar. Não, pera aí…de chorar enquanto vomitava. As pernas queimavam, gritavam, doíam e "pediam para sair" de meu corpo. Meu coração parecia que ia saltar para fora do meu tórax (eu me senti em um dos filmes de 'Alien', quando aquela criatura quebra as costelas do hospedeiro para sair do corpo dele). Ao final dos tiros de 500 m tinham ainda mais e mais tiros. Nos tiros de 200 m a largada era sofrível. As pernas já doíam muito e os tênis pareciam estar colados no chão. Era muito difícil arrancar. Só depois de uns 30 m era que eu começava a acelerar de verdade. Terminava cada tiro mais morto e dolorido do que o anterior. Foi só nos tiros de 100 m que eu percebi o quanto estava moído. Da cintura para baixo tudo doía. Geralmente as dores vêm depois dos treinos mais duros, mas dessa vez elas vieram durante o treino. No final da série, eu estava destruído, morto-vivo. Acho que realmente essa seria a melhor descrição, pois eu parecia um figurante zumbi de "The Walking Dead” aos olhos de quem passava por mim. Eu estava caminhando meio que de lado, puxando a perna esquerda, e babava muito. Realmente parecia um morto-vivo. Ao chegar em casa, tomei uma dose de Whey, um banho, um café da manhã, a consciência que estava triturado e fui trabalhar. Passei o meu dia em estado 'zumbi' e agora, a noite, estou na cama escrevendo aqui, sem saber se levanto amanhã. Se eu voltar a andar, no sábado será dia de longão. Relembrando as palavras do meu treinador que me disse "essas duas semanas serão intensas", posso presumir que essa próxima semana será ainda mais "divertida", mas já diziam os atletas sofredor do mundo: "no pain, no gain". Vamos ver onde vai dar. Até mais.

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