domingo, 24 de maio de 2015

Giro D’Italia 2015 – 15ª Etapa

A 15ª etapa, de Marostica até Madonna Di Campiglio, com 165 km, dificuldade 4 estrelas, dificuldade média-alta, com três montanhas, sendo a primeira categoria 2, seguida de outra categoria 1 e, por fim, a chegada em uma de categoria 1, foi dura como o esperado. A primeira montanha categoria 1, Passo Daone, com 8,4 km de extensão, e com inclinações médias que variam entre 6,1% a 11,3% (com máxima de 14%), já selecionou muito os atletas que comporiam o pelotão na última montanha. Após uma rápida descida, os ciclistas encararam a última montanha do dia, o monte de nome Madonna Di Campiglio, com 15,5 km e inclinações médias entre 2,8% a 6,7% (com máxima de 12%), que quebrou completamente o pelotão. As principais equipes, incluindo a Astana e a Thinkoff-Saxo dos líderes do Giro, Contador e Aru, compuseram o pelotão, que controlou bem as
fugas. Impressionante como o Contador tem a capacidade de se virar sozinho, pois faltando ainda 20 km para o final da etapa, restavam cinco ciclistas da Astana, incluindo Aru, mais uns poucos de outras equipes e o Alberto Contador. Não havia ninguém da Thinkoff-Saxo embalando o Contador. Aqui um parêntese para uma breve explicação. O principal inimigo dos ciclistas é o vento, sobretudo o vento frontal. Não é à toa que as fabricantes de bicicletas estão com modelos cada vez mais aerodinâmicos. No pelotão os ciclistas, exceto o que puxa o pelotão, não sofrem maiores efeitos do vento, e por isso mesmo pedalando na mesma velocidade dos ciclistas da fuga, ou um ciclista isolado (de cara pro vento), eles se poupam mais e são mais rápidos.
Daí o fato de que quando uma equipe vai embalar o seu principal ciclista, em uma dada etapa, eles fazem uma fila indiana deixando o tal ciclista por último, sendo esse poupado dos efeitos malévolos do vento o máximo de tempo possível. Assim, quem está à frente da fila dá tudo o que tem, de cara pro vento, fazendo uma baita força, até que não aguenta mais e se destaca do grupo, dando assim o seu papel para o próximo, que se esgota, e assim por diante até só restar o último.
Por isso a minha admiração ao Contador em ficar sozinho à frente. No final da montanha, depois de algumas trocas de ataques entre os que restavam à frente, Mikel Landa (Astana), Yuri Trofimov (Katusha), Contador (Thinkoff-Saxo) e Aru (Astana), terminaram a etapa nesta sequência. A classificação geral fica assim: Alberto Contador (Thinkoff-Saxo) veste a maglia rosa (1° na classificação geral), Elia Viviani (Sky) veste a maglia rossa (1° na classificação por pontos), Benat Intxausti (Movistar) veste a maglia azzurra (1° na classificação de montanhas) e Fabio Aru (Astana) veste a maglia bianca (1° classificação geral menor que 25 anos). Amanhã é dia de descanso, mas na terça-feira tem mais.



















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