terça-feira, 26 de maio de 2015

Giro D’Italia 2015 – 16ª Etapa

Começou a última semana decisiva do Giro 2015 e ela começau em grande estilo. A 16ª etapa, de Pinzolo até Aprica, com 174 km, dificuldade 5 estrelas, dificuldade alta, etapa duríssima, com nada mais nada menos que 5 montanhas. Na verdade, a largada já foi no início da primeira montanha, o Campo Carlo Magno, categoria 2, com extensão de 13 km até o topo, essa aqui só para esquentar. A segunda montanha, Passo Del Tonale, categoria 2, com extensão de 15 km até o topo e inclinação média de 3,3-6,6% (máxima de 10%), essa aqui já deu uma selecionada nos ciclistas que teriam chance de chegar na frente nesta etapa.
Para “descansar” um pouco, os ciclistas subiram o monte Aprica, uma montanha menor e menos dura, categoria 3, com 14 km de extensão, com inclinações médias de 1,2% até 11% (máxima de 15%). Aqui uma curiosidade, o monte Aprica seria escalado duas vezes, seria a 3ª montanha a ser subida e a última (chegada), pois a organização escolheu um caminho que dá uma volta nessa montanha. Há uma associação entre a ideia de ir para o inferno e a palavra ‘descer’, mas aqui esses ciclistas incríveis vão para o inferno subindo, pois eis que surge o monte Passo Del Mortirolo, uma montanha categoria 1, com 12,8 km, com inclinações médias variando entre 9,2-12,2% (máxima de 18%) que separou os homens dos meninos.
Quem eram os homens? Eram eles Mikel Landa (Astana), Steven Kruijswijk (Rabobank), Alberto Contador (Thinkoff-Saxo), Yuri Trofimov (Katusha), Andrey Amador (Movistar), Ryder Hesjedal (Cannondale-Garmin), Fabio Aru (Astana), Damiano Caruso (BMC), Leopold Konig (SKY) e Carlos Betancur (AG2R). Após a seleção natural, Contador (mais uma vez sozinho, sem ninguém para ajudar), Aru e seu gregário Mikel Landa se tornaram ‘a fuga’, liderando a etapa, mas no início da subida dessa montanha duríssima, o pneu do Contador furou e Aru e Landa assumiram a ponta.
Contador, após a troca do pneu, que ficou quase um minuto para trás, imprimiu um ritmo insano de subida, atacando intermitentemente a montanha, e alcançando Aru e Landa antes do fim da subida. Não só isso, ele continuou a subir de forma brutal a montanha deixando Aru para trás. Landa, que até aqui se mostrou superior ao Aru, mesmo esse último sendo o capitão da equipe, deve ter recebido o sinal verde da equipe (pelo rádio) para largar Aru para trás e tentar ganhar a etapa e foi exatamente isso que ele fez. Contador, muito provavelmente já cansado pelo ritmo forte de recuperação, após o furo de pneu, não conseguiu acompanhar Landa e ficou junto de Steven Kruijswijk até o final, terminando em 3º colocado a etapa.
Aru perdeu muito tempo e não só isso, perdeu a segunda colocação na geral justamente para o Landa, ficando cada vez mais longe da maglia rosa. Pela franca demonstração de estar melhor que o Aru, não só nessa etapa mais nas ultimas três, o Landa deve (pelo menos é a lógica aqui) assumir o posto de capitão da Astana nesse Giro. A classificação geral fica assim: Alberto Contador (Thinkoff-Saxo) veste a maglia rosa (1° na classificação geral), Elia Viviani (Sky) veste a maglia rossa (1° na classificação por pontos), Steven Kruijswijk (Rabobank) veste a maglia azzurra (1° na classificação de montanhas) e Fabio Aru (Astana) veste a maglia bianca (1° classificação geral menor que 25 anos). Amanhã é uma etapa mais leve, com 134 km e apenas uma montanha categoria 3, logo no início. 



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