terça-feira, 12 de maio de 2015

Giro D'Italia 2015 - 4ª Etapa

A etapa de hoje foi espetacular. Hoje foram 150 km, de Chiavari até La Spezia, uma etapa com classificação 4 estrelas (sendo 5 estrelas o maior grau de dificuldade), sendo assim uma etapa mais dura. Tal dureza ficou por conta de três montanhas de categoria 3 nas marcas de 26,4 km, 101,7 km e a última aos 140,1 km do início da etapa. 
Tivemos também duas metas de sprint intermediárias e um final no plano. Logo no início da etapa um grande grupo compôs a fuga, abrindo uma grande vantagem em relação ao pelotão maglia rosa. Nos últimos 60 km a equipe Astana imprimiu um ritmo muito forte que dividiu o pelotão em dois pelotões menores, enquanto que um grupo de 8 ciclistas da fuga fez o mesmo lá na frente, dividindo os 28 que compunham a fuga no início em dois grupos perseguidores. Ao fim da última montanha, restavam apenas três ciclistas à frente na fuga, sendo que nos últimos 12 km da etapa um desses ciclistas atacou (se desgarrou) e seguiu sozinho à frente, um prodígio de 22 anos, italiano, cujo o nome é Davide Formolo. 

No final da etapa, o pelotão absorveu todos os ciclistas das fugas (sobrando somente o Formolo, isolado lá na frente), permitindo que àqueles que disputam a maglia rosa uma disputa final (que foi muito emocionante). Davide Formolo, da equipe Cannondale-Garmin, que desde o início da etapa se pôs entre os primeiros, praticamente ganhou de ponta a ponta, mas apesar da sua vitória ele não ficou com a maglia rosa. Mais uma vez, um ciclista da equipe Orica GreenEdge vestiu a maglia rosa. Aqui vale uma nota. Muitas vezes (quase sempre) o primeiro colocado na etapa não se torna o líder da competição, e não está entre os que disputam a maglia rosa. Porque, na classificação geral, o que vale é quem termina as 21 etapas com o menor tempo, ficando assim com a maglia rosa. Quem faz um esforço enorme para vencer uma etapa não consegue fazer isso na etapa subsequente, na verdade o mais comum é que nem escutemos falar dele no outro dia, pois o sujeito dá tudo o que tem (e o que não tem). Quem anda no pelotão se poupa muito, pois colhe o benefício de usar o vácuo para vencer o arraste aerodinâmico, terminando mais inteiro para os outros dias de competição, devido a alternância entre quem puxa o pelotão. Assim, quem ganha a maglia rosa é o ciclista mais rápido (menos tempo somado nas etapas), no geral, que termina sempre entre os primeiros do pelotão. Isso é algo esquisito, para os que não acompanham às competições do World Tour, mas é assim mesmo. A classificação geral fica assim: Simon Clarke (Orica GreenEdge) veste a maglia rosa (1° na classificação geral), Elia Viviani (Sky) veste a maglia rossa (1° na classificação por pontos), Pavel Kochetkov (Katusha) veste a maglia azzurra (1° na classificação de montanhas) e Johan Esteban Chaves Rubio (Orica GreenEdge) veste a maglia bianca (1° classificação geral menor que 25 anos). Amanhã é dia de chegada no alto de montanha. São 150 km, de La Spezia até Abetone.

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